sexta-feira, 11 de abril de 2014

O que são domínios morfoclimáticos?


Os Domínios Morfoclimáticos é a interação dos elementos do clima, relevo, hidrografia, vegetação e mais recentemente da ação das atividades humanas.
Segundo o geógrafo Aziz Ab’Sáber (1970), dividiu o Brasil em seis domínios: Domínio Amazônico, Domínio das   Caatingas, Domínio dos Cerrados, Domínio dos Mares de Morros, Domínio das Araucárias e Domínio das Pradarias.
E é sobre eles que falaremos.

Obrigada!

Domínio Mares de Morros

Domínio geomorfológico – Mares de Morros



O domínio dos mares de morros é caracterizado por tem um relevo com topografia mamelonar, com superfície ondulada, formada por intensa ação erosiva pluvial. Este domínio estende-se da parte sul do país até o nordeste, obtendo uma extensão total de, aproximadamente, 1 milhão KM² , perpassando por estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia,  Sergipe, Alagoas,  Pernambuco e Paraíba. 

 1.      Clima e hidrografia
Apresenta um clima tropical úmido e quente, decorrente de sua proximidade com o litoral, o que provoca a intensa ação erosiva derivando deslizamentos e grandes voçorocas, o que causa enormes problemas já que milhões de pessoas insistem em morar em áreas como esta, consideradas de risco, causando grandes tragédias, pois sua forma convexa favorece a ação erosiva e com seu grande potencial hidráulico com uma significativa rede de drenagem, juntamente com a grande precipitação existente na área (derivada da massa tropical atlântica).

 2.      Solo, Vegetação e relevo
Devido a sua forma convexa, o processo de intemperismo químico causa decomposição das rochas, (dando origem à chamada terra roxa, derivada da decomposição de rochas vulcânicas mesozoicas). Em seu solo há presença de solo massapé, no nordeste, altamente fértil, e nas demais áreas por onde perpassa o domínio é mais comum o solo salmourão, não tão fértil quanto o massapé, derivado da decomposição de rochas graníticas e gnaisses.  Em seu relevo, destacado pelo planalto atlântico, encontram-se várias espécies de mata original como Pau-Brasil, Jacarandá, Jequitibá, cedro, dentre outras.
   3.      Socioeconômico e impacto das atividades humanas


Houve um intenso desmatamento na mata deste domínio (atlântica) devido às atividades humanas desde a época da colonização lusitana, agravando-se com implantação de centros urbanos, expansão da agricultura comercial, exploração de madeiras nobres para caprichos luxuosos. Atualmente existem programas para preservação desta mata como, por exemplo, a fundação O Boticário (privado) e o SOS Mata Atlântica (governamental e privado) para que haja uma diminuição das atividades humanas para que o solo, já desgastado pela intensa atividade agrícola comercial, possa se renovar e reconstituir sua vegetação.


A seguir, um vídeo que demonstra o impacto das atividades humanas sobre o rico ecossistema contido na mata atlântica, terrivelmente devastada nos dias atuais.


Equipe: Jade Santana, Letícia Lins, Rafael Costa e Thainá Pitanga.
Referências:
www.maresdemorros.wordpress.com
.cta2009-2-dominios-morfoclimaticos.blogspot.com.br

 Youtube.com(video)

Domínio da Mata de Araucárias

Localização:
Planalto da Bacia do Rio Paraná. Encontrado desde o norte gaúcho até o sul paulista. O domínio das araucárias ocupa 400.000 km², Tendo em seu território cidades como: Curitiba, Ponta Grossa, Lages, Caxias do Sul, Passo Fundo, Chapecó e Cascavel.


Clima:
Subtropical devido às médias altitudes, que estão entre 500 e 1300 metros. Seus invernos são rigorosos e seus verões bem quentes. A precipitação anual está entre 1200 a 1800 mm.

Solo:
É formado principalmente por latossolos brunos e também é encontrado latossolos roxos, cambissolos, terras brunas e solos litólicos. Possui alto potencial agrícola para: milho, feijão, batata, porém tem grande erosividade. É aí que entra a técnica do manejo agrícola de plantio direto.

Relevo:
Bastante ondulado, até montanhoso.

Vegetação:

A Mata de Araucárias também é conhecida como Mata dos Pinhais. Sua vegetação é homogênea e aciculifoliada. Suas plantas são, em maioria, árvores, altas, com cerca de 30m de altura. Atualmente não há muito da Mara de Araucárias, devido à grande atividade de indústrias de celulose e madeireiras da região, que realizaram um extrativismo descontrolado, o que levou ao seu desaparecimento total em algumas áreas. 

Domínios Cerrado

         1.      Localização e Clima


  O Cerrado é predominante na área central do Brasil nos estados do Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão e Piaui.
  O Cerrado é caracterizado por seu clima tropical sazonal, com duas estações, uma de verão chuvoso e a outra de inverno seco. Geralmente não é comum haver ventanias fortes no cerrado, pelo contrário, o ar é parado. 

 2.      Solo e Vegetação

  O solo do cerrado geralmente é argiloso e arenoso, o domínio do cerrado é dividido pelas formações de chapadas que existem ao longo de sua extensão territorial. É pobre em nutrientes e são ácidos.
  Tendo no cerrado a presença de 3 das maiores bacias hidrográficas da América do Sul( Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata) na região favorece sua biodiversidade.  Estima-se que 10 mil espécies de vegetais, 837 de aves e 161 de mamíferos vivam ali. Tal riqueza biológica, é seriamente afetada pela caça e pelo comércio ilegal.
As árvores geralmente são pequenas com galhos retorcidos, cascas grossas e longas raízes que ajudam a absorver água em lugares profundos, mesmo no período das secas
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3.      Ocupação humana e atividades socioeconômicas
  O cerrado é o sistema ambiental brasileiro que mais sofreu alteração com a ocupação humana. Atualmente vivem cerca de 20 milhões de pessoas. Essa população é majoritariamente urbana e enfrenta problemas como desemprego, falta de habitação e poluição, entre outros. 
  A atividade garimpeira, por exemplo, intensa na região, contaminou os rios de mercúrio e contribuiu para seu assoreamento. A mineração favoreceu o desgaste e a erosão dos solos. Na economia, também se destaca a agricultura mecanizada de soja, milho e algodão, que começa a se expandir principalmente a partir da década de 80. Nos últimos 30 anos, a pecuária extensiva, as monoculturas e a abertura de estradas destruíram boa parte do cerrado. Hoje, menos de 2% está protegido em parques ou reservas.
 nas com galhos retorcidos, cascas grossas e longas raízes que ajudam a absorver água em lugares profundos, mesmo no período das secas.

4.      Texto Adicional:

“Os  solos do Bioma do Cerrado são geralmente profundos, azonados, de cor vermelha ou vermelha amarelada, porosos, permeáveis, bem drenados e, por isto, intensamente lixiviados. Em sua textura predomina, em geral, a fração areia, vindo em seguida a argila e por último o silte. Eles são, portanto, predominantemente arenosos, areno-argilosos, argilo-arenosos ou, eventualmente, argilosos. Sua capacidade de retenção de água é relativamente baixa.
            O teor de matéria orgânica destes solos é pequeno, ficando geralmente entre 3 e 5%. Como o clima é sazonal, com um longo período de seca, a decomposição do húmus é lenta. Sua microflora e micro/mesofauna são ainda muito pouco conhecidas. Todavia, acreditamos que elas devam ser bem características ou típicas, o que, talvez, nos permitisse falar em "solo de cerrado" e não apenas em "solo sob cerrado", como preferem alguns. Afinal, a flora e a fauna de um solo são partes integrantes dele e deveriam permitir distingüí-lo de outros tantos solos, física ou quimicamente similares.
        Quanto às suas características químicas, eles são bastante ácidos, com pH que pode variar de menos de 4 a pouco mais de 5. Esta forte acidez é devida em boa parte aos altos níveis de Al3+, o que os torna aluminotóxicos para a maioria das plantas agrícolas. Níveis elevados de ions Fe e de Mn também contribuem para a sua toxidez. Baixa capacidade de troca catiônica, baixa soma de bases e alta saturação por Al3+, caracterizam estes solos profundamente distróficos e, por isto, impróprios para a agricultura. Correção do pH pela calagem (aplicação de calcário, de preferência o calcário dolomítico, que é um carbonato de cálcio e magnésio) e adubação, tanto com macro quanto com micronutrientes, podem torná-los férteis e produtivos, seja para a cultura de grãos ou de frutíferas. Isto é o que se faz em nossa grande região produtora de soja, situada, como se sabe, em solos de Cerrado de Goiás, Minas, Mato Grosso do Sul, etc. Além da soja, outros grãos como milho, sorgo, feijão, e frutíferas como manga, abacate, abacaxi, laranja etc, são também cultivados com sucesso. Com a calagem e a adubação, os cerrados tornaram-se a grande área de expansão agrícola de nosso país nas últimas décadas. A pecuária também se expandiu com o cultivo de gramíneas africanas introduzidas, de alta produção e palatabilidade, como a braquiária, por exemplo.” http://www.portalbrasil.net/cerrado_climaerelevo.htm

Equipe: Geovani Souza,Leandro Bispo, Michel Ferreira.
Referências:



Domínio Caatinga


O domínio da caatinga é uma extensa região do nordeste brasileiro, que ocupa mais de 70% de sua área (11% do território brasileiro), tendo uma extensão de aproximadamente 850.000 km², abrange os estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Alagoas, Bahia, sul e leste do Piauí e norte de Minas Gerais.  É uma extensa região do nordeste brasileiro, que ocupa mais de 70% de sua área (11% do território brasileiro)


1.Clima e Hidrografia
O domínio da caatinga tem um clima tropical semi-árido, as médias térmicas são elevadas o ano todo (acima de 26º C), com médias pluviométricas entre 300 e 800 mm ao ano, as chuvas são escassas e mal distribuídas .Nesse domínio existe o encontro de sistemas atmosféricos.
A hidrografia desse domínio é caracterizado por rios intermitentes (temporários),seca em um periodo do ano (escassez),  com exceção: rio são Francisco que é um rio perene , que possui água o ano inteiro.


2. Relevo, solo e vegetação
O relevo da caatinga é formado por planaltos (chapadas) e depressões, com destaque a Depressão sertaneja do  rio São Francisco, contendo a presença de inselbergs (morros testemunhos ou residuais), com altitudes variáveis de  200 a 800 metros acima do nível do mar.
O solo é raso e pedregoso,  ricos em minerais porém pobres em matérias orgânicas. Esse solo sofre muito intemperismo físico nos latossolos e pouca erosão nos litólicos(solos minerais que não tem excesso de umidade). Mesmo que haja  chova, ele não consegue armazenar a água que cai e a temperatura elevada provoca intensa evaporação. 
Por causa do tipo de solo a vegetação desse domínio arbustos são secos ,espinhentos e cactos,  e arvores que quando aparecem são secas ou perdem suas folhas na seca .

3. Atividades socioeconômica
Nas atividades socioeconômica se destaca o extrativismo vegetal de fibras, como o caroá, osisal e a piaçava e  na região da bacia do São Francisco existe o aproveitamento hidrelétrico, e através da irrigação a a produção de frutas (melão, manga,goiaba, uva) tem apresentado expansão.



Equipe: Rafael da Hora, Glauber Cristo,Bruno Vieira, Pedro Guimarães

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Domínio Amazônico

1.   Caracterização dos ambientes:

O Domínio Amazônico na região norte do Brasil, é considerado o maior domínio morfoclimático do Brasil, com terras baixas e grande processo de sedimentação; Clima e  floresta equatorial : A floresta equatorial ocupa acerca de 40% do território brasileiro. E o seu clima equatorial tende a ser quente e úmido; Depressões e planícies Hidrografia abundante (bacia Amazônica); Floresta Equatorial Amazônica latifoliada, perenifólia (grande biodiversidade); floresta heterogênea e densa solos pouco férteis.



2.  Dados socioeconômicos, cidades, atividades agrícolas, minerais ou industriais:

 

Sofre grande influência fluvial já que se encontra na maior bacia hidrográfica do mundo. 
É pouco povoado, densidade demográfica de aproximadamente 2,88 hab./km².
Em 1970 o governo fez um programa de ocupação populacional na região amazônica, com migrações provenientes do nordeste brasileiro.
No começo a extração de borracha possibilitou o desenvolvimento da área, muitas cidades foram afetadas com o crescimento gerado pelo capital. Para auxiliar o Governo criou a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), trazendo para capital amazonense muitas indústrias.
As grandes devastações ambientais na Amazônia fazem com que todos fiquem preocupados com seu futuro, pois se trata da maior reserva florestal do planeta terra. Sua ecologia está sofrendo grandes perigos devido ao grande atrativo econômico natural, pondo em risco o equilíbrio.
A extração de minerais geram consequências gravíssimas para o ambiente em geral, nos rios são despejados demasiados produtos químicos destinados a exploração.
A agricultura faz com que as áreas de vegetação tornem-se solos de fácil erosividade, gerando assim um efeito “dominó” no ambiente, onde cada parte necessita da outra. Praticamente todas atividades agrícolas agitem a natureza de forma negativa. A extração de borracha era viável anteriormente pois necessitava de florestas para crescimento da seringueira porém atualmente essa exploração é raríssima

 3.  Impactos socioambientais relacionados à ocupação humana:


 As queimadas para abertura de pastos, os desmatamentos para retirada de madeira, agricultura e mineração (expansão da fronteira agrícola) são os principais impactos provocados pela ação humana na Amazônia.











Equipe: Felipe Magalhães, Luan Henrique, Reinaldo Souza e Victor Laureano.
● Referências:
http://pt.slideshare.net/brenoamarante/brasil-domnios-morfoclimticos-14022235